Divididos e mergulhados em instabilidade política, os egípcios vão neste sábado (16) às urnas para definir quem será o primeiro presidente do país após a renúncia do ex-ditador Hosni Mubarak.
![]() |
CLIQUE NA IMAGEM PARA AUMENTAR O TAMANHO |
O que era para ser o último capítulo da transição para a democracia promete dar início a uma batalha entre as duas principais forças políticas do Egito, a Irmandade Muçulmana e os aliados do antigo regime.
Seja quem for o vencedor, dificilmente será capaz de retomar o raro consenso obtido durante os 18 dias de protestos, no início de 2011, que levaram à queda de Mubarak.
O decisivo segundo turno da eleição, marcado para hoje e domingo, põe em confronto extremos ideológicos: Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana, e Ahmed Shafiq, último premier de Mubarak.
Nenhum dos dois incorpora o ideal democrático sonhado pelos jovens que lideraram os protestos na Praça Tahrir, epicentro da revolta contra a ditadura. A desilusão com a revolução inacabada já era evidente entre os ativistas, mas a gota d’água veio na quinta-feira, quando a Suprema Corte decretou a dissolução do parlamento.
O principal atingido foi a Irmandade Muçulmana, cujo partido, Liberdade e Justiça, havia conquistado quase metade do parlamento nas eleições do início do ano. Formada por juízes nomeados por Mubarak, a corte é acusada pelos opositores do antigo regime de servir aos interesses da junta militar que assumiu o poder após a saída do ex-ditador.
.
Data da Publicação: 16 de junho de 2012
Fonte: Zero Hora
Foto: AFP PHOTO/Mohammed Abed/AFP
Nenhum comentário:
Postar um comentário