Eminentemente residencial, a Rua São Manoel se tornou atrativa para ladrões pelo intenso volume de automóveis, a qualquer hora do dia ou da noite, que estacionam junto às calçadas ou acessam garagens de condomínios. Foi ao parar na frente de um edifício, próximo à Rua Domingos Crescêncio, que a empresária de Santa Maria Ronise Ardais, 43 anos, teve o seu Jetta roubado ao meio-dia de 20 de setembro. Ronise teclava no GPS o endereço do hotel em Gramado, onde passaria o feriadão Farroupilha com mãe, a quem tinha vindo buscar na Capital. Em uma fração de segundo, dois jovens armados e bem vestidos cercaram o carro.
— Nunca tinha sido assaltada, não imaginava que ali seria perigoso.
Mãe e filha foram obrigadas a ir para a calçada, e os bandidos desapareceram com o Jetta, levando bolsas, carteiras, bagagens com roupas de inverno, além de joias e uma máquina fotográfica de valor inestimável para a empresária, contendo imagens de família.
— O feriadão acabou ali. Fiquei só com a roupa do corpo. Como tudo estava fechado, tive de esperar até o dia seguinte para comprar outra muda de roupa e voltar para casa — lamenta.
O carro até hoje está sumido.
CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIAR O TAMANHO
Rua São Manuel tem deixado medo e revolta por parte dos moradores
O professor de Educação Física Edson Costa, 49 anos, trabalha na São Manoel, sabia dos perigos, mas se distraiu por um fator aliado do crime: um temporal, na tarde de 18 de setembro.
— Voltava do almoço. Quando destravei as portas para abrir o guarda-chuva, um assaltante se sentou no banco do carona empunhando um revólver — recorda Costa.
O ladrão fugiu com o Focus do professor, que ficou a pé, só com o guarda-chuva nas mãos.
Morador do local, um administrador de empresas de 44 anos sofre com mais intensidade os reflexos da ação de dois ladrões que levaram o Gol dele, na noite de 21 de setembro, uma sexta-feira, quando chegava em frente ao portão com a filha de 15 anos. O carro, modelo 2010, com 15 dias de uso, não foi recuperado.
— Não tive tempo nem de colocar rádio e alarme e fazer seguro. Fiquei com o carnê de 24 parcelas para pagar, um prejuízo de R$ 26 mil. Agora, não tem mais saída noturna — consola-se o administrador, que procura casa em outro bairro da cidade.
Data da Publicação: 28 de outubro de 2012
Fonte: Zero Hora
Arte: Zero Hora
Nenhum comentário:
Postar um comentário