Os peritos criminais e médicos legistas de Goiás reiniciaram a greve da categoria. Somente 30% dos serviços serão mantidos, entre eles flagrantes e exames que atendam a ocorrências de mortes com violência.
A categoria já havia entrado em greve no último mês de maio, mas retornou a atividade após a sinalização do governo do Estado de que as negociações seriam encaminhadas. Segundo os profissionais, o acordo não foi cumprido. Eles alegam que o salário da categoria em Goiás é um dos piores do país, ocupando apenas o 23º lugar entre as 27 unidades da federação.
O presidente do Sindicato dos Peritos Criminais e Médicos Legistas (SindiPerícias), Antônio Carlos Macedo, garante que os inquéritos e os processos vão ficar prejudicados. “Para dar uma sentença, os juízes precisam estar pautados por provas e evidências científicas, o que pode atrapalhar os inquéritos. Isto é justamente o que não queremos. A categoria só quer melhorar a Polícia Técnico-Científica para que ela possa prestar um bom trabalho à população”.
Em nota, o Estado alega que dificuldades financeiras e o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal impedem que seja concedido um reajuste salarial de 99%, conforme quer a categoria. Dessa forma, a administração estadual garante que apresentou uma proposta de instituição do bônus por resultados, que poderá alcançar até 20% do subsídio atual dos peritos e médicos legistas. A gratificação seria concedida de acordo com critérios de mérito, avaliados pelo desempenho individual.
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Data da Publicação: 10 de julho de 2012
Fonte: O Popular (Goiânia/GO)
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