Anunciado durante viagem do governador Tarso Genro a Brasília, o afastamento do comandante regional do Corpo de Bombeiros de Santa Maria, Moisés Fuchs, causou mal-estar na corporação. Fuchs foi um dos indiciados pela Polícia Civil por improbidade administrativa no inquérito sobre a tragédia na boate Kiss. O presidente da Associação dos Oficiais da Brigada Militar (Asofbm), tenente-coronel José Carlos Riccardi, classificou o ato como “deselegante”.
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Presidente de associação afirma que governador e secretário também deveriam ser indiciados
“O afastamento de um coronel não pode ser feito pelo rádio. Tem que ser feito pelo Diário Oficial. Isso agride a moral dos oficiais da Brigada Militar”, afirmou Riccardi. “Os oficiais sentem-se mal em serem leais a um governador que afasta um coronel do comando. É uma deselegância do governador”, acrescentou o tenente-coronel.
Riccardi disse ter recebido dezenas de telefonemas, após o anúncio do governador, de oficiais da corporação revoltados com a medida.
"É ele quem assina"
Além de criticar a atitude do governador, o presidente da associação disse que tanto Tarso quanto o secretário estadual de Segurança Pública, Airton Michels, deveriam ser indiciados, já que as autoridades municipais foram incluídas no inquérito apresentado na sexta-feira (22) pela Polícia Civil. “É ele (o governador) quem assina os atos de nomeação”, justifica.
O presidente da associação ressalta que, há dois anos, a pedido do próprio governador, um grupo de trabalho foi formado para debater as principais necessidades dos bombeiros no Rio Grande do Sul. Um documento com dez prioridades foi levado a Tarso. “A única sugestão que foi implantada a pleno foi a elaboração do currículo de formação específico para bombeiros, enfatizando o preparo no combate a incêndios”, explica o oficial.
No sábado (23), a Asofbm pretende discutir as condições de trabalho da categoria em uma reunião que inicia às 14h, em Porto Alegre.
Data da Publicação: 22 de março de 2013
Fonte: Danton Júnior/Correio do Povo
Foto: João Vilnei/CP
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