Pescador profissional há 10 anos, Jaime Souza da Silva, 51 anos, pegou o maior peixe de sua carreira na tarde de sábado (18), na praia de Xangri-lá, no Litoral Norte. Era um tubarão-martelo, com 3,4 metros de comprimento e 294 quilos.
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Tubarão-martelo tinha 3,4 metros
— É muito difícil um peixe desses cair na rede. Deu o acaso de ele ficar enrolado ali — conta o pescador, que diz já ter pego tubarão branco na mesma praia em outras pescarias.
O peixe já foi transformado em filé para vender. Bem mais valorizada do que a curvina, principal espécie encontrada na praia, a carne de tubarão pode render um dinheiro extra para o pescador neste fim de ano.
De acordo com Lauro Barcellos, diretor do Museu Oceanográfico da Furg, a pesca deste animal foi uma lástima.
— Animais como este não deveriam ser pescados. Eles vêm para esta região para se reproduzir de novembro a março. Este animal certamente estava aqui para reprodução. É uma barbaridade um fato desses — destaca.
Barcellos explica que das seis espécies de tubarão-martelo, duas são encontradas no Estado. Este tubarão não costuma atacar pessoas.
Segundo o 1º Batalhão Ambiental da Brigada Militar, com sede em Xangri-lá, a pesca do tubarão é permitida no Brasil, exceto para espécies em risco de extinção, como o cação-anjo ou o tubarão-baleia. Porém, a BM ressalta que os tubarões equilibram o habitat marinho e, quando um animal destes é retirado da cadeia alimentar, a população abaixo dele aumenta e leva algum tempo para atingir um novo equilíbrio.
Data da Publicação: 18 de novembro de 2012
Fonte: Leila Endruweit e Taís Seibt/Zero Hora
Foto: Arquivo Pessoal

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